Na investigação das continuidades e rupturas das atividades do Jardim de Infância da Escola Americana, buscamos construir uma história para o Jardim da “escolinha” protestante, conhecido como a primeira instituição froebeliana do Estado de São Paulo, e a segunda do Brasil. Durante nossa pesquisa, no acesso às fontes primárias disponíveis, identificamos que o último registro sobre o funcionamento de um Jardim na Escola Americana data do ano de 1942. Por isso, escolhemos desenvolver nossas discussões relativamente ao período de 1870 à 1942. Nesse período, houve episódios de interrupção das atividades do Jardim, nos anos de 1881 e de 1882, de 1893 à 1920, de 1924 à 1929 e em 1942, e episódios de reabertura das atividades, nos anos de 1883, 1921 e 1930. O Jardim de Infância pesquisado pertence à Escola Americana de São Paulo, fundada em 1870, cujo trabalho foi iniciado pela norte-americana missionária Mary Ann Annesley Chamberlain e por seu esposo, também missionário, George Whitehill Chamberlain, ao receberem um grupo de crianças em sua residência, localizada à Rua Visconde de Congonhas do Campo, nº 1. Nas pesquisas na área de história, são comuns os estudos com períodos de análise bem demarcados e restritos. Mas, aqui, para melhor compreender o desenvolvimento das atividades do Jardim de Infância da Escola Americana, consideramos necessário inserir na análise todos os dados encontrados sobre o Jardim. É importante mencionar que, embora o volume de documentos localizados e por nós digitalizados seja significativo, os trechos nos documentos com referências ao Jardim de Infância não são extensos. Assim, na verdade, o desafio com o qual lidamos foi o de encontrar registros sobre o Jardim. Por certo, não foi nossa pretensão dar conta de todas as questões presentes no período em análise, o que, de fato, seria inviável dentro dos limites de tempo de uma pesquisa de Mestrado. Contudo, não deixamos de destacar alguns temas que entendemos fundamentais para a interpretação dos dados coletados, assim como não deixamos de apontar questões que, consideramos, merecem ser melhor aprofundadas em estudos futuros.